Após liberar os ETFs de Infraestrutura que pagam proventos, a B3 anunciou nesta terça-feira (11) que ETFs de Fundos Imobiliários com distribuição de dividendos agora podem ser listados na Bolsa brasileira.
O movimento “é um marco na indústria brasileira de ETFs; o mercado vinha pedindo essa atualização para o setor imobiliário”, diz Renato Nobile, gestor e analista da Buena Vista Capital.
A Bolsa brasileira tem apenas um ETF de FIIs, o XFIX11, da XP Asset, que acompanha o desempenho do IFIX, índice de referência dos fundos imobiliários. Os outros dois ETFs ligados ao setor imobiliário listados na B3 acompanham o desempenho do REITs. Como os FIIs são conhecidos pelo pagamento de dividendos, a possibilidade de distribuição nos ETFs pode destravar a criação de outros fundos de índice.
Bianca Vesdel, gerente de produtos Cash Equities da B3, diz que os ETFs “são uma excelente porta de entrada para quem quer diversificar e se expor ao setor imobiliário, e agora o investidor passa a poder receber os juros desses fundos imobiliários todos os meses”.
A distribuição de proventos vai ocorrer em ETF de FIIs locais e internacionais, com pagamento de, no mínimo, uma vez por mês.
Ainda de acordo com o regulamento do produto, os ETF de FIIs internacionais não precisam seguir a data de distribuição de proventos como ocorre no exterior. E cada ativo terá suas características especificadas no lançamento do ticker.
Uma das vantagens de investir via ETFs é a correlação entre valor de cota e patrimônio, algo que pode ser um problema no investimento direto em FIIs quando o valor de tela fica muito abaixo do valor patrimonial, lembra Nobile. O especialista ainda pondera que os rendimentos dos FIIs são isentos de Imposto de Renda, o que não é verdade para os ETFs de FIIs.
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