O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) minimizou a possibilidade de ser preso, ao afirmar que “caguei para a prisão”, em resposta à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que o acusa de liderar uma trama golpista em 2022.
“O tempo todo: ‘Vamos prender Bolsonaro’. Caguei para prisão. A turma que devolveu R$ 5 bilhões em delação premiada não tem nenhum preso”, afirmou.
Em seu discurso, Bolsonaro também criticou a liberdade de expressão no Brasil e desqualificou as acusações, referindo-se ao episódio como um “golpe da Disney”, aludindo à sua presença em Orlando durante os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.
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“Alguns falam que gente mais preparada que eu. Tem, aqui tem algumas dezenas, mas com o couro mais grosso que eu ninguém tem. Para você denunciar uma pessoa não precisa de 500 páginas. Quem fala muito não tem o que mostrar (…) Estou tranquilo. É o golpe da Disney. Estava lá com o Pato Donald e o Mickey e tentei dar o golpe de 8 de janeiro aqui”, disse o ex-presidente.
A fala ocorreu durante o Primeiro Seminário de Comunicação do PL, em Brasília, e marca sua primeira manifestação pública após a apresentação da denúncia, que pode resultar em penas cumulativas de até 50 anos de prisão.
Na terça-feira (18), o ex-presidente foi formalmente acusado, ao lado de outras 33 pessoas, pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. As acusações incluem crimes como tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e participação em organização criminosa.
Nesta quarta-feira (19), o ministro Alexandre de Moraes determinou a remoção do sigilo dos depoimentos do tenente-coronel Mauro Cid, que fez uma delação premiada à Polícia Federal. Essa decisão revela detalhes das acusações apresentadas pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
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