(Reuters) – A Coca-Cola apresentou nesta terça-feira planos para lançar um novo produto feito com açúcar de cana nos Estados Unidos este ano e divulgou resultados trimestrais superiores às estimativas, impulsionados pela demanda resistente por bebidas sem calorias e por preços mais altos.
Empresas alimentícias estão buscando ingredientes substitutos mais saudáveis em resposta à campanha Make America Healthy Again (Faça a América Saudável Novamente) do Secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr. Na semana passada, o presidente Donald Trump disse que a Coca-Cola havia concordado em usar açúcar de cana nos produtos dos EUA.
A Coca-Cola está procurando usar “todo o conjunto de ferramentas disponíveis de opções de adoçantes” onde houver demanda do consumidor, disse o CEO James Quincey em uma conferência sobre os resultados trimestrais.
A rival PepsiCo, que superou as previsões de lucros trimestrais na semana passada, também disse que usaria ingredientes naturais se os consumidores quisessem.
A empresa já vende Coca-Cola feita com açúcar de cana em outros mercados, inclusive no México, e alguns supermercados dos EUA vendem garrafas de vidro com açúcar de cana rotuladas como Coca-Cola “mexicana”.
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Embora existam algumas pequenas diferenças entre o açúcar de cana e o xarope de milho como adoçantes, os especialistas afirmam que o excesso de ambos não é bom para os consumidores.
A mudança para o açúcar de cana também aumentará os custos, incluindo ajustes significativos nas cadeias de suprimentos, disseram analistas do setor.
A Coca-Cola reiterou que o impacto nos custos devido à “dinâmica do comércio global” permaneceu administrável. Cerca de 61% de sua receita vem de mercados estrangeiros.
A empresa disse que procuraria opções de embalagens acessíveis, como garrafas plásticas, quando Trump impôs uma tarifa de 25% sobre as importações de alumínio. A partir de junho, as tarifas sobre as importações de alumínio atingiram 50%.
PREÇOS MAIS ALTOS COMPENSAM IMPACTO NO VOLUME
A receita comparável da empresa aumentou 2,5% para US$12,62 bilhões nos três meses encerrados em 27 de junho, superando as estimativas de US$12,54 bilhões, de acordo com dados compilados pela LSEG.
Os volumes caíram 1% depois de aumentarem 2% em cada um dos dois trimestres anteriores, em grande parte devido a quedas em mercados importantes como México e Índia, bem como em sua marca Coca-Cola nos EUA.

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A receita líquida da Coca-Cola teve alta anual de 1% no trimestre, a US$ 12,54 bilhões, aquém do consenso da FactSet, de US$ 12,57 bilhões

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Os volumes da América do Norte caíram “devido à incerteza contínua e à pressão sobre alguns segmentos socioeconômicos dos consumidores”, disse Quincey.
A demanda por refrigerantes caros permaneceu instável nos últimos trimestres, especialmente nos países desenvolvidos, com os consumidores de baixa renda tornando-se mais conscientes em relação aos preços.
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