“Todos nós hoje somos influenciadores, porque não dá para ser líder sem influenciar!” Essa é a opinião de Emir Calluf Filho, presidente da BHP Brasil, durante o painel “Comunicação e gestão: o desafio dos CEOs em gerir empresas brasileiras em meio ao caos global”, realizado nesta quinta-feira (26) durante a 9ª edição do Aberje Trends, em São Paulo.
Ao longo do debate, Organizado pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) para discutir o futuro das comunicações, Calluf Filho contou um pouco da experiência da BHP, após o desastre de Mariana (MG), que obrigou a empresa a lidar com uma crise por quase uma década. “Nosso maior aprendizado nesse processo é que a coerência é fundamental, porque hoje tudo é gravado e mostrado em poucos segundos. E durante uma crise tão longa só a coerência de falar e fazer mantém a reputação de uma empresa”, disse o executivo.
Quando foi questionado por Mariana Segala, diretora do InfoMoney e mediadora do painel, sobre o desafio de unir comunicação e gestão, Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil, concordou com Calluf Filho e disse que só a honestidade das ações mantém a coerência. “Ser genuíno é o único jeito de fazer isso, porque, se não for, as máscaras caem em pouco tempo”, disse.
Gustavo Werneck, CEO da Gerdau, também partilha da mesma opinião dos colegas sobre essa necessidade de coesão. “Atualmente a sociedade vai escrutinando tudo que fazemos o tempo todo e o líder precisa estar atento à comunicação porque esta é uma variável muito importante, tanto que 60% do nosso tempo hoje está ligado a ela”, afirmou.
No entanto, o executivo frisou que comunicação é uma via de duas mãos e exige também que o líder ouça mais os outros para que esse processo seja mais fluido.
Mas a comunicação também deve funcionar para dentro, na opinião de Rogerio Barreira, Presidente da Arcos Dourados, que administra a rede McDonald’s no Brasil. “Se não fosse pela comunicação seria impossível fazer com que nossa mensagem chegasse corretamente aos 70 mil funcionários, incluindo os atendentes que estão lá na ponta de tudo”, afirma. Para Mariana Segala, “se essa comunicação não for rápida corre-se o risco da velocidade das informações atropelar o processo.”
Tecnologia organizando o caos
Dentro da “nova desordem mundial” citada durante o evento, a tecnologia é vista como um dos pontos essenciais para ajudar a unir gestão e comunicação, frisou a presidente da Microsoft Brasil, Priscyla Laham. “Nesse sentido, a Inteligência Artificial (IA) precisa ser vista como uma extensão da capacidade humana e não sua substituição”, disse.
Segundo a executiva, é preciso se preparar para lidar com essa nova realidade, o que inclui o letramento digital. “Na Microsoft, estamos trabalhado muito nesse sentido, para que a IA funcione como um copiloto, ajudando as empresas e o país a serem mais competitivos.”
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