As bolsas da Europa fecharam em alta nesta terça-feira (24), com a maioria dos índices avançando acima de 1%, em uma sessão marcada pelo apetite por risco devido ao cessar-fogo anunciado entre Israel e Irã. A redução das tensões no Oriente Médio impulsionou diversos ativos e derrubou os preços do petróleo, o que impactou negativamente as ações do setor. Além disso, as perspectivas para a política monetária dos principais bancos centrais foram acompanhadas atentamente, com declarações importantes.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,11%, aos 540,98 pontos. Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,01%, aos 8.758,99 pontos. Em Frankfurt, o DAX avançou 1,60%, aos 23.641,58 pontos. Em Paris, o CAC 40 ganhou 1,04%, aos 7.615,99 pontos.
Na madrugada desta terça-feira, Trump afirmou que o cessar-fogo entre Israel e Irã, anunciado na segunda-feira, havia entrado em vigor após mais de uma semana de ataques. Horas depois, porém, Israel acusou o Irã de ter “violado completamente” a trégua ao lançar mísseis em direção ao território israelense, o que Teerã negou posteriormente.
O Banco Central Europeu (BCE) pode voltar a cortar juros, apesar da grande volatilidade nos mercados de petróleo, segundo o dirigente François Villeroy. Ele afirmou que o conflito no Oriente Médio ainda não alterou a perspectiva para a inflação subjacente da zona do euro.
Já o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, declarou nesta terça que uma “maioria significativa” dos dirigentes do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) acredita ser possível cortar juros ainda este ano. Em audiência na Câmara dos EUA, Powell reforçou que a política monetária dependerá da evolução dos indicadores econômicos.
Segundo o Financial Times, a União Europeia (UE) precisa fazer uma “ameaça crível” de retaliação na guerra comercial com os EUA para fechar um bom acordo, alertou um alto funcionário antes do prazo final das negociações.
Bjoern Seibert, chefe de gabinete do presidente da Comissão Europeia, disse aos embaixadores do bloco, após a cúpula do G7 no Canadá, que a perspectiva de uma resposta forte ajudaria a convencer o presidente dos EUA a reduzir as tarifas rígidas impostas à UE.
Entre as empresas, o governo espanhol afirmou nesta terça que aprovaria a oferta hostil do BBVA pelo Banco de Sabadell, desde que as instituições não se fundissem legalmente por até cinco anos.
A administração condicionou a aprovação ao fato de que as entidades e seus ativos fossem mantidos legalmente separados por três anos e administrados de forma independente.
Em Madri, após a notícia, o BBVA subiu 2,54% e o Sabadell avançou 0,45%, enquanto o Ibex 35 teve alta de 1,41%, aos 14.035,10 pontos. Em Milão, o FTSE MIB ganhou 1,63%, aos 39.474,46 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 subiu 0,57%, aos 7.452,08 pontos.
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