O governo dos Estados Unidos avalia revogar isenções que permitem a empresas como Samsung, SK Hynix e TSMC utilizarem equipamentos de fabricação de chips com tecnologia americana em suas fábricas localizadas na China, segundo fontes ouvidas pelo Wall Street Journal.
O índice Nasdaq 100, que concentra as ações de fabricantes de chips, virou para queda após a notícia vir à tona, depois de ter ensaiado ganhos na esteira da esperança de uma saída diplomática para o conflito Israel-Irã. Às 13h47, o índice recuava 0,36%, enquanto o S&P 500 cedia 0,10%. O Dow Jones, que indicava sessão de baixa nas negociações de pré-mercado, subia 0,17%.
Novo fator de incerteza
Atualmente, essas companhias de Coreia do Sul e Taiwan usufruem de autorizações gerais que as isentam de solicitar licença individual para cada envio de equipamento às unidades chinesas. A possível mudança, comunicada nesta semana por Jeffrey Kessler, chefe da divisão de controles de exportação do Departamento de Comércio, representa parte do esforço do governo Trump para limitar o acesso da China a tecnologias críticas dos EUA.
Apesar de autoridades da Casa Branca afirmarem que a proposta não configura uma nova escalada na disputa comercial com Pequim, o movimento pode ser interpretado como violação do acordo firmado neste mês entre EUA e China em Londres, que previa a suspensão de novas barreiras comerciais. “Os fabricantes de chips continuarão podendo operar na China”, disse um porta-voz do Departamento de Comércio ao WSJ, ressaltando que o objetivo é equiparar os mecanismos de licenciamento aos existentes para exportadores chineses.
As isenções atuais beneficiam fábricas que, embora não operem com tecnologia de ponta, produzem componentes amplamente usados em automóveis e eletrônicos. Entre elas, está uma unidade da Samsung em Xi’an, na China. Segundo fontes do setor, o fim das isenções não causaria impacto imediato, mas dificultaria gradualmente a operação dessas fábricas.
Caso a medida avance, as empresas deverão recorrer a autorizações caso a caso junto ao governo americano, além de buscar fornecedores alternativos no Japão e na Europa. Segundo o WSJ, representantes de TSMC, Samsung e SK Hynix já alertaram autoridades de seus países de origem, esperando apoio contra a mudança.
Ainda de acordo com o jornal, a proposta ainda não é definitiva e encontra resistência dentro do próprio governo dos EUA. Órgãos como o Departamento de Defesa, disse a publicação, não endossaram a decisão, temendo que a revogação fortaleça empresas chinesas e amplie o controle de Pequim sobre unidades industriais estratégicas.
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