O uso de cigarro eletrônico entre adultos brasileiros atingiu 2,6% em 2024, o maior índice desde o início da série histórica em 2019, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde.
Esse percentual representa cerca de 4 milhões de pessoas que utilizam esses dispositivos, sinalizando uma tendência de crescimento preocupante no consumo de vape no país.
Além do aumento no uso de cigarros eletrônicos, a pesquisa Vigitel apontou que 9,3% da população adulta, equivalente a 19,6 milhões de pessoas, se declararam fumantes em 2024. A prevalência é maior entre homens, com 13,8%, contra 9,8% entre mulheres.
O grupo mais afetado pelo consumo de vape são os jovens de 18 a 24 anos, foco da nova campanha do governo federal para combater o tabagismo, conforme destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
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O tabagismo continua sendo um grave problema de saúde pública no Brasil, responsável por cerca de 477 mortes diárias, totalizando 174 mil óbitos evitáveis por ano.
Entre as principais causas estão doenças pulmonares, cardiovasculares, diversos tipos de câncer e complicações relacionadas ao fumo passivo.
Para conter o avanço do cigarro eletrônico, o governo mantém a resolução da Anvisa que proíbe a comercialização, importação, armazenamento, transporte e propaganda desses dispositivos no país.
O custo econômico do tabagismo é elevado, estimado em R$ 153,5 bilhões anuais, incluindo gastos com tratamentos médicos e perdas por incapacidades e mortes prematuras, o que representa 1,55% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Em contrapartida, a arrecadação de impostos sobre produtos do tabaco cobre apenas uma pequena fração desse valor, cerca de 5,2%, segundo o Inca.
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Para enfrentar esse cenário, o Ministério da Saúde diz apostar em campanhas educativas e na manutenção de políticas restritivas, além de apoiar a reforma tributária que elevou os impostos sobre cigarros convencionais, elevando seu preço e desestimulando o consumo, especialmente entre populações vulneráveis.
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