Criminosos estão se aproveitando do escândalo de fraudes no INSS para aplicar novos golpes em aposentados e pensionistas. Após a revelação de um esquema bilionário de descontos indevidos em benefícios previdenciários, que pode ter causado um prejuízo de até R$ 6,3 bilhões, golpistas passaram a contatar beneficiários por telefone e mensagens de WhatsApp, fingindo ser funcionários do instituto.
Segundo o Ministério da Previdência Social, os golpistas utilizam dados pessoais das vítimas para oferecer falsas promessas de devolução imediata dos valores descontados ou para “agilizar” o ressarcimento. As abordagens incluem links suspeitos enviados por mensagens, e-mails ou redes sociais — todos fraudulentos.
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Em comunicado publicado no site oficial, o Ministério fez um alerta formal aos beneficiários para não acessarem links recebidos por meios não oficiais e não forneçam informações pessoais.
“O Ministério da Previdência Social alerta aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para não acessarem link enviado por e-mail, aplicativo de mensagem ou outro meio, informando sobre ‘ressarcimento de descontos de mensalidades associativas’”, diz o texto.
A pasta informou ainda que os valores descontados indevidamente no mês de abril serão devolvidos automaticamente na folha de pagamento de maio, com créditos previstos entre os dias 26 de maio e 6 de junho, conforme orientação da Controladoria-Geral da União (CGU).
Já o ressarcimento de valores descontados antes de abril será objeto de avaliação por um grupo de trabalho da Advocacia-Geral da União (AGU), que irá definir os critérios legais e operacionais para a devolução. Ou seja, não é necessário fazer cadastro, clicar em links ou fornecer dados bancários para receber qualquer quantia.
O Ministério também confirmou que já recebeu denúncias formais de segurados abordados por golpistas. As mensagens ofereciam a “antecipação” dos valores devidos mediante pagamento de taxas ou envio de dados pessoais. “Cuidado, é golpe!”, reforça a nota da Previdência.
Especialistas em cibersegurança alertam que esse tipo de golpe costuma ganhar tração em momentos de comoção social e incerteza institucional, como o atual. O uso da identidade de órgãos públicos é uma prática comum para coletar dados sensíveis e aplicar fraudes financeiras.
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