O representante de Comércio dos EUA (USTR), Jamieson Greer, afirmou que o país está “avançando bem rápido em negociações sobre tarifas” com diversos países, em meio a esforços para “reequilibrar o comércio exterior” americano.
Em declaração ao Congresso, Greer destacou que as medidas tarifárias representam a “maior mudança nas relações comerciais da história dos EUA desde que deixamos a China, infelizmente, entrar na OMC [Organização Mundial do Comércio]”.
Um dos focos das críticas foi o Brasil, com quem os EUA têm “grande déficit comercial no etanol”.
Greer ressaltou que as “taxas que o Brasil cobra sobre etanol são muito maiores do que as que cobramos”, mas ponderou que o problema “não será resolvido do dia para a noite, mas estamos no caminho”. Um comunicado anterior da Casa Branca já mencionava o etanol brasileiro: “Brasil (18%) impõe tarifas mais altas que os EUA (2,5%)”.

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Sobre as negociações com outros países, o conselheiro citou conversas com o Reino Unido, que “quer trabalhar e chegar a um acordo conosco”.
Ele também afirmou que “muitos países entenderam os problemas de déficit comercial apontados por Trump”, que tem deixado claro sua disposição para dialogar, segundo ele.
Greer reforçou que o presidente Donald Trump busca “trazer de volta a produção industrial ao país”. Sobre fármacos, confirmou: “Trump já disse que vai impor” tarifas.
Questionado se as medidas serão permanentes, respondeu que “Trump está negociando”, e destacou que as tarifas foram aplicadas a “todos os países”, não apenas aos com superávit, quando questionado por um dos parlamentares.
Sobre a Rússia, Greer lembrou que já há “grandes sanções comerciais” em vigor, mas afirmou que “vou aconselhar, mas Trump decidirá” sobre possíveis aumentos tarifários. Quanto à Coreia do Norte, justificou a ausência de tarifas: “não temos relações comerciais com eles”.
Greer classificou o déficit comercial como “uma emergência nacional”, mas expressou otimismo: “Estamos em um momento difícil, mas de mudanças positivas.”
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