KIEV (Reuters) – A Ucrânia disse na segunda-feira que acusou seis pessoas, incluindo um parlamentar e uma autoridade do governo, por desvio de recursos na compra de drones e equipamentos de interferência para os militares.
Kiev depende de fornecimento constante de drones e sistemas de guerra eletrônicos para lutar contra a invasão russa e também está combatendo a corrupção, ação fundamental para seu futuro na União Europeia.
Autoridades anticorrupção disseram no sábado que descobriram um esquema envolvendo o parlamentar, uma autoridade atual e uma antiga, um comandante da Guarda Nacional e dois empresários, que recebiam propinas por compras a preços inflacionados.
“Em 2024–2025, um grupo criminoso organizado desviou sistematicamente os fundos alocados pelas autoridades locais para as necessidades de defesa”, afirmou a Agência Nacional Anticorrupção em um comunicado, acrescentando que as propinas totalizaram cerca de 30% do valor dos contratos.
O contrato do drone valia US$240.000, com um sobrepreço de cerca de US$80.000, segundo a agência.
O presidente Volodymyr Zelenskiy, que provocou um furor público no mês passado por ter brevemente suprimido a independência de duas agências anticorrupção, elogiou a medida no sábado, depois de se reunir com os chefes das agências.
Além do parlamentar, os acusados na segunda-feira incluem um ex-governador e chefe da administração regional, o chefe da administração militar de uma cidade, o comandante de uma unidade da Guarda Nacional, o diretor e o proprietário de uma fabricante de drones.
O parlamentar foi condenado a dois meses de prisão na segunda-feira, enquanto aguarda o pagamento de fiança equivalente a cerca de US$190.000, informou o tribunal anticorrupção da Ucrânia.
Nenhum dos suspeitos foi identificado. O equipamento era fabricado localmente.
(Reportagem de Dan Peleschuk)
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