A maioria dos internautas se posicionou contra as sanções anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com base na Lei Magnitsky.
Levantamento da consultoria Quaest aponta que 60% das menções registradas entre os dias 28 e 30 de julho foram críticas à decisão de Trump, enquanto 28% defenderam a medida. Outros 12% dos conteúdos foram classificados como neutros.
A pesquisa analisou cerca de 1,6 milhão de postagens em redes sociais e plataformas digitais. O monitoramento incluiu X, Instagram, Facebook, Reddit, Tumblr, YouTube e sites de notícias (via API), além de grupos públicos no WhatsApp, Telegram e Discord (por meio da plataforma automatizada Q-Insider, da própria Quaest).

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Entre os críticos das sanções, a narrativa dominante é a de que Donald Trump estaria violando a soberania nacional ao tentar proteger Jair Bolsonaro e seus aliados. Muitos perfis enfatizam que Moraes não possui contas bancárias no exterior e, por isso, não seria afetado diretamente pela medida, tornando o gesto mais simbólico do que efetivo.
Por outro lado, os apoiadores da medida a veem como uma resposta à suposta perseguição política e censura atribuída ao ministro. Essa ideia ganhou força especialmente entre parlamentares e influenciadores bolsonaristas, que têm usado a Lei Magnitsky para internacionalizar as disputas institucionais brasileiras e buscar apoio externo contra decisões do Judiciário e da imprensa nacional.
Tensão e polarização
A Quaest identificou que o episódio das sanções intensificou a polarização já presente no ambiente digital. As reações mais engajadas vieram de grupos identificados com o bolsonarismo e da oposição ao governo Lula.
O monitoramento mostra ainda que, apesar da relevância do tema, ele ainda perde em volume de engajamento para a recente operação da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro, que continua sendo o assunto mais mobilizador nas redes.
A nuvem de palavras do estudo reforça o contraste narrativo: entre os críticos das sanções, os termos “soberania” e “indevida ingerência” ganham destaque; já entre os defensores, aparecem expressões como “liberdade de expressão” e “ditadura do STF”.
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