As duas principais operadoras de telecomunicações listadas na B3, Vivo (VIVT3) e TIM (TIMS3), devem apresentar números positivos no segundo trimestre deste ano (2T25), segundo projeções da XP Investimentos, Bradesco BBI e Itaú BBA. Os números serão divulgados nesta segunda-feira (28) e quarta-feira (30), respectivamente.
As estimativas incluem expansão de receita, aumento do lucro líquido e estabilidade nos investimentos. Os analistas mantêm avaliações construtivas sobre o setor, com ênfase no desempenho dos serviços móveis e pós-pagos.
Para a XP Investimentos, a Vivo deve reportar um crescimento de 5,9% na receita líquida na comparação anual. Os cálculos da corretora consideram avanço tanto nos serviços móveis, com 5,8%, quanto nos serviços fixos, com 6,3%. A área fixa inclui soluções de fibra óptica (FTTH, na sigla em inglês), tecnologia da informação e comunicação (TIC) e serviços digitais.
A previsão da casa é de um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 5,8 bilhões, com margem de 40,2%. O lucro líquido esperado é de R$ 1,4 bilhão, alta de 13% na base anual.
A XP mantém recomendação de compra para VIVT3, com preço-alvo de R$ 31, e vê a companhia sustentando um desempenho favorável com base nas migrações de clientes para pacotes de maior valor no segmento pré-controle.
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Sobre a TIM, a XP estima um aumento de 5,6% na receita de serviços móveis em relação ao mesmo período do ano anterior. O segmento pós-pago deve crescer 11%, enquanto o pré-pago tende a apresentar queda de 12%. A casa prevê estabilidade nas receitas fixas e expansão modesta nas vendas de produtos.
O Ebitda estimado é de R$ 3,4 bilhões, com margem de 50,5%. O lucro líquido projetado é de R$ 897 milhões, representando alta de 15% ano contra ano. A recomendação da XP é neutra, com preço-alvo de R$ 21.
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No relatório do Bradesco BBI, os analistas fizeram uma atualização dos modelos antes da divulgação dos balanços e revisaram para cima os preços-alvo de ambas as ações. A recomendação para VIVT3 permanece em compra, com o preço-alvo elevado de R$ 30 para R$ 37, mirando 2026. A expectativa é de crescimento de 6,5% na receita líquida e de 8,3% no Ebitda.
O banco avalia que a operadora vem buscando maior eficiência nos contratos com empresas de torres e pode se beneficiar de uma solução favorável nas discussões sobre o Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações).
A TIM também recebeu recomendação de compra pelo Bradesco BBI, com o preço-alvo ajustado de R$ 19 para R$ 26. A instituição projeta aumento de 4,9% na receita líquida e de 5,9% no Ebitda na comparação anual. A avaliação do banco é de que a TIM tem se beneficiado do maior compartilhamento de infraestrutura com a Vivo e que as despesas com arrendamentos devem crescer em ritmo menor.
Os analistas apontam que a desaceleração em relação ao primeiro trimestre é atribuída a fatores de calendário, como antecipações de receita, e não a mudanças operacionais.
No Itaú BBA, a recomendação para TIMS3 é de compra, com preço-alvo de R$ 22. O banco espera crescimento de receita em dois dígitos nos planos pós-pagos na comparação com o segundo trimestre de 2024. A receita líquida estimada é de R$ 6,7 bilhões, com Ebitda de R$ 3,4 bilhões e lucro líquido de R$ 867 milhões.
Já para a Vivo, o Itaú projeta um aumento de 10% no Ebitda em relação ao trimestre anterior, atribuído ao reajuste nos preços dos pacotes pós-pagos. As estimativas indicam receita líquida de R$ 14,7 bilhões, Ebitda de R$ 6 bilhões e lucro líquido de R$ 1,55 bilhão.
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