As bolsas europeias fecharam em alta nesta terça-feira, 8, reagindo à extensão do prazo para a implementação das tarifas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enquanto cresce a expectativa de que as negociações possam resultar em um acordo. Entre os setores, as petroleiras se destacaram nas altas, impulsionadas por um fôlego renovado nos preços do petróleo.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,41%, aos 545,71 pontos. Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,54%, aos 8.854,18 pontos, com a petroleira BP avançando 3,21%. Em Frankfurt, o DAX ganhou 0,50%, aos 24.193,11 pontos. Em Paris, o CAC 40 avançou 0,56%, aos 7.766,71 pontos.
Na segunda-feira, 7, Trump enviou cartas a 14 países, incluindo Japão e Coreia do Sul, notificando que seus produtos ficarão sujeitos a “tarifas recíprocas”, variando de 25% a 40%, a partir de 1º de agosto. Com isso, Washington estendeu o prazo para a assinatura de acordos comerciais, que venceria nesta quarta-feira (9). Trump assegurou nesta terça que o novo prazo não será prorrogado novamente.
O comissário de Economia e Produtividade da União Europeia (UE), Valdis Dombrovskis, afirmou que as negociações comerciais entre o bloco e os Estados Unidos continuam “em nível político e técnico”, com o objetivo de pressionar por um acordo preliminar antes do novo prazo. Por sua vez, ele destacou que “as perspectivas são obscurecidas pela incerteza política, inclusive em relação às tarifas americanas”. Na ausência de um acordo “justo”, o ministro das Finanças da Alemanha, Lars Klingbeil, alertou que a UE está pronta para impor medidas retaliatórias.
“Os mercados continuam reagindo de forma suspeitosamente otimista, ignorando os riscos e as implicações das tarifas sobre as cadeias de suprimentos, os lucros, a inflação e o crescimento”, afirma Ipek Ozkardeskaya, analista sênior do Swissquote Bank, que observa uma visão que presume “que tudo se resolverá magicamente nas próximas três semanas”.
A Capital Economics acredita que a economia da zona do euro não crescerá no segundo e terceiro trimestres, já que o impulso do primeiro trimestre, proporcionado pelo adiamento das tarifas, não se repetirá. Apesar da interrupção tarifária, o crescimento será lento, pois a confiança do consumidor está baixa e o investimento provavelmente permanecerá fraco. “Suspeitamos que o BCE manterá as taxas de juros inalteradas em julho, mas prevemos um corte final neste ciclo de flexibilização em setembro, levando a taxa de depósito para 1,75%”, conclui.
Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,67%, aos 40.182,62 pontos. Em Madri, o Ibex 35 teve alta de 0,03%, aos 14.079,50 pontos, enquanto a Repsol avançou 3,59%. Em Lisboa, o PSI 20 subiu 0,01%, aos 7.733,44 pontos.
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