IBM pretende ter computador quântico até 2029 e traça roteiro para sistemas maiores

A IBM anunciou nesta terça-feira (10) que planeja ter um computador quântico prático até 2029 e apresentou as etapas detalhadas que a empresa seguirá para alcançar esse objetivo.

Os computadores quânticos utilizam a mecânica quântica para resolver problemas que levariam milhares de anos ou mais para os computadores clássicos.

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No entanto, os computadores quânticos atuais precisam dedicar grande parte de sua capacidade para corrigir erros, o que faz com que, em geral, não sejam mais rápidos do que os computadores clássicos.

A IBM, que também pretende ter um sistema muito maior até 2033, planeja construir o computador quântico “Starling” em um data center em construção em Poughkeepsie, no estado de Nova York, e afirmou que ele terá cerca de 200 qubits lógicos.

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Os qubits são a unidade fundamental da computação quântica, e 200 qubits seriam suficientes para começar a apresentar vantagens em relação aos computadores clássicos.

A IBM está investindo na computação quântica junto a outros gigantes da tecnologia, como Microsoft, Alphabet e Amazon, além de diversas startups que têm levantado centenas de milhões de dólares em capital.

Todos eles enfrentam o mesmo desafio básico: os qubits são rápidos, mas produzem muitos erros. Os cientistas podem usar alguns dos qubits de uma máquina para corrigir esses erros, mas precisam ter qubits suficientes para realizar um trabalho útil.

A IBM mudou sua abordagem para esse problema em 2019 e afirma ter encontrado um novo algoritmo que reduzirá drasticamente o número de qubits necessários para a correção de erros.

Em entrevista, Jay Gambetta, vice-presidente responsável pela iniciativa quântica da IBM, explicou que os pesquisadores adotaram uma abordagem diferente da anterior, quando elaboravam a teoria de um método de correção de erros e depois tentavam construir um chip que correspondesse a essa teoria.

Em vez disso, a equipe quântica da IBM analisou quais chips são práticos de construir e, a partir disso, criou uma abordagem de correção de erros baseada nesses chips. Isso deu à IBM confiança para construir uma série de sistemas entre este ano e 2027 que, por fim, resultarão em sistemas maiores.

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