Sob pressão, o dólar voltou a disparar nesta quarta-feira (28) e já é negociado, por volta das 13h35 (horário de Brasília), a R$ 5,714, alta de 1,23%. A nova valorização da moeda norte-americana ocorre em meio a tensões políticas, ruídos fiscais e expectativas por dados econômicos tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial
Qual a cotação do dólar hoje?
Às 13h49, a moeda norte-americana à vista operava em alta de 1,15%, aos R$ 5,710 na venda e na compra. Na B3 o dólar para junho — atualmente o mais líquido — subia 0,63%, aos 5,679 pontos.
Na terça-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,52%, a R$5,6464.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,710
- Venda: R$ 5,710
Dólar turismo
Venda: R$ 5,719
Compra: R$ 5,899
O que aconteceu com dólar hoje?
O destaque desta sessão será o relatório do Caged sobre a abertura de vagas de trabalho formais para abril, às 15h30, uma vez que o mercado nacional busca indícios de um enfraquecimento do mercado de trabalho que possa justificar o fim do aperto monetário do Banco Central no próximo mês.
Analistas consultados pela Reuters projetam a criação de 175.000 vagas formais no mês anterior, acima das 71.576 vagas de março.
Na terça-feira, dados mais fracos do que o esperado para o IPCA-15 de maio fomentaram as expectativas de pausa da taxa Selic no atual patamar de 14,75% ao ano, o que forneceu um impulso para os ativos brasileiros no geral.
No momento, operadores precificam 93% de chance de que os membros do BC deixem a Selic inalterada na reunião de junho. A autarquia já sinalizou, entretanto, que o atual cenário pede a manutenção dos juros altos por tempo maior do que o usual.
“Vemos o Copom com a taxa Selic em 14,75% a partir de agora, com o ciclo de corte de juros mais provável de começar somente no ano que vem, dado o estreito hiato de produção e as expectativas de inflação desancoradas”, disseram analistas do Citi em nota.
Notícias fiscais também podem moldar as negociações, já que os agentes seguem repercutindo o anúncio do governo na semana passada de aumentos nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), com o Executivo recuando de alguns elementos da medida.
No cenário externo, os mercados globais de câmbio tinham pouca volatilidade neste pregão, com os investidores à espera de novidades sobre as negociações comerciais dos EUA com seus parceiros, em particular a União Europeia.
O otimismo tem prevalecido nesta semana após o presidente dos EUA, Donald Trump, recuar no fim de semana de sua ameaça de impor taxas de 50% sobre os produtos europeus a partir de 1º de junho, adiando a implementação para 9 de julho a fim de permitir negociações.
A maior economia do mundo já alcançou entendimentos tarifários com China e Reino Unido. Novos anúncios podem aliviar ainda mais os temores dos mercados sobre os impactos econômicos da política comercial frequentemente errática dos EUA.
Pela tarde, os agentes ainda avaliarão a ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve, às 15h, quando os membros optaram por deixar a taxa de juros inalterada, enquanto avaliam as incertezas geradas pelas tarifas dos EUA.
(Com Reuters)
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