A Petrobras (PETR3;PETR4) divulgará seus resultados do quarto trimestre de 2024 (4T24) na próxima quarta-feira (26) e, até mais do que os números do período, a expectativa fica para os dividendos a serem divulgados com referência ao 4T24.
Em relatório, a XP Investimentos apontou esperar que, com base na política de proventos da estatal, espera dividendos ordinários de cerca de US$ 3 bilhões (3,4% de yield, ou dividendo em relação ao preço, trimestral).
Do ponto de vista do fluxo de caixa, prevê um montante de cerca de US$ 4,4 bilhões, o que se traduz em um yield trimestral de cerca de 5%.
A XP projeta um lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado para o 4T24 de US$ 10,5 bilhões, uma queda de 10% em relação ao trimestre anterior, impulsionada por (i) menor produção; (ii) redução dos preços do Brent em termos de dólares, de US$ 74,9 o barril (bbl) para US$ 79,9/bbl no 3T (-6% em relação ao trimestre anterior, -11% em relação ao ano anterior); e (iii) preços de derivativos ligeiramente mais baixos em termos de dólares, resultantes da depreciação do Real. Os analistas esperam que esse declínio no Ebitda seja transferido para o lucro líquido, que estimam em US$ 800 milhões, também impactado por perdas cambiais.
O Goldman Sachs, por sua vez, projeta US$ 2,4 bilhões em dividendos ordinários junto com os resultados.
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O banco tem projeção de um Ebitda ajustado de US$ 10,4 bilhões, colocando a instituição um pouco abaixo do consenso da Bloomberg (US$ 10,8 bilhões) para o trimestre.
Para a teleconferência de resultados, a expectativa é de que o foco fique em torno da alocação de capital, o que incluiria os comentários da administração sobre potenciais oportunidades de fusões e aquisições em etanol (um ponto-chave de discussão que surgiu durante o plano estratégico da Petrobras no final de novembro), com leitura cruzada para os futuros pagamentos de dividendos extraordinários no ano.
A Genial Investimentos estima o anúncio de distribuição de R$ 1,10 por ação em dividendos regulares, o que deve gerar um rendimento de cerca de 3% no trimestre.
Para os analistas do banco, a empresa deve uma vez mais apresentar números sólidos. O banco também imagina que, nesse trimestre, o investimento no trimestre deve alcançar US$ 4 bilhões versus pouco mais de US$ 3 bilhões nos últimos trimestres.
O Bradesco BBI projeta um pagamento de dividendos obrigatórios relacionados ao 4T24 de US$ 2,5 bilhões. A estimativa é de um Ebitda em US$ 10,6 bilhões (-9% na comparação trimestral), devido a: (i) preços estáveis de diesel e gasolina em reais; (ii) menor produção de petróleo bruto em base trimestral; e (iii) menor preço do petróleo tipo Brent de US$ 74/bbl (-6% na comparação trimestral). Para o resultado final, projeta resultado líquido de US$ 2 bilhões, impactados por menor lucro operacional, bem como pela depreciação do real.
O Itaú BBA ressalta que, depois de um capex (investimento em capital fixo) estimado em US$ 3,3 bilhões, espera dividendos ordinários de US$ 2,6 bilhões, o que implica em uma dividend yield de 3,2% no trimestre.
A projeção é de uma queda de 14% no Ebitda frente ao terceiro trimestre de 2024, refletindo menores preços de petróleo e menores volumes de produção.
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